quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Agostinho da Silva


Professor e investigador português, George Agostinho Baptista da Silva ficou conhecido para sempre como um dos grandes filósofos portugueses. Nasceu em Fevereiro de 1906, no Porto, e com 22 anos terminou a licenciatura em Letras, com a nota máxima de 20 valores.
Mais tarde, em 1931, o filósofo portuense fundou, em Lisboa, o Centro de Estudos de Filologia, encargo que lhe foi atribuído pela Junta Nacional de Educação, e que está actualmente transformado no Centro de Linguística da Universidade Clássica de Lisboa.
Quatro anos depois, em 1935, Agostinho da Silva foi demitido da sua condição de professor do ensino oficial por se ter recusado a cumprir a chamada "Lei Cabral", isto é, assinar uma declaração em que garantisse não pertencer a qualquer organização secreta. Apesar de não pertencer a nenhuma organização desse género, Agostinho da Silva recusou-se a assinar tal documento por ir contra as suas convicções pessoais.
Em 1944, foi excomungado pela Igreja, facto que o levou a abandonar Portugal para se fixar no Brasil, país onde desempenhou funções e ocupou cargos importantes no domínio da investigação histórica, mantendo sempre ligações de docente com universidades brasileiras e com os Colégios Libres do Uruguai e Argentina.
Em 1976, Agostinho da Silva, portuense com naturalidade brasileira há mais de 20 anos, decidiu voltar a Portugal, sendo reintegrado no Ensino Superior, na qualidade de aposentado como Professor Titular das Universidades Federais do Brasil. Com direito a uma pensão de aposentação, decidiu, ainda em 1976, criar o Fundo D. Dinis para atribuição do prémio com o mesmo nome, prémio D. Dinis.
Para além de professor, filósofo e investigador, George Agostinho Baptista da Silva notabilizou-se também como escritor, em cujo currículo constam mais de 60 obras, muitas delas publicadas durante a sua permanência no Brasil. Agostinho da Silva morreu em 3 de Abril de 1994, com 88 anos de idade.

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