domingo, 29 de novembro de 2009

Monsaraz altaneira


(Clique na imagem para ampliar)
Fotos e montagem  JC Ramalho - Direitos de autor Reservados / SPA

Vila medieval de Monsaraz, conseguiu manter as suas características ao longo dos séculos. Um passeio a Monsaraz é também uma viagem no tempo, pois é um local único onde ainda se consegue encontrar a paz e a tranquilidade esquecidas pelos tempos modernos.

Marcada pela cal e pelo xisto, torna-se "Monsaraz Museu Aberto" todos os anos, durante o mês de Julho, oportunidade para conhecer os hábitos e costumes alentejanos no artesanato, na gastronomia e nos vários espectáculos culturais que aí têm lugar, incluindo a música, o teatro, a dança e exposições de artes plásticas.
No património de Monsaraz destacam-se o Castelo e a Torre de Menagem medievais, o edifício dos Antigos Paços da Audiência (séc. XIV/XVI) e a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Lagoa (séc. XVI/XVII).
Considerada uma das mais antigas vilas de Portugal, Monsaraz regista indícios de povoamento desde tempos pré-históricos, sendo inicialmente um castro fortificado. A partir de então foi sendo sucessivamente ocupada até ao período de formação da nacionalidade, sendo conquistada pela primeira vez aos Muçulmanos em 1157.
Voltando ao domínio dos almôadas depois de D. Afonso Henriques ter sido derrotado em Badajoz, a povoação viria a ser reconquistada por D. Sancho II em 1232, que a doou à Ordem do Templo.
No entanto, o repovoamento cristão de Monsaraz só ia efectivar-se no reinado de Afonso III, quando o monarca lhe concedeu o primeiro foral, fixando os limites do concelho. Nos anos seguintes foi edificado o núcleo primitivo do castelo, incluindo a torre de menagem, a matriz e o tribunal gótico, cujo interior alberga o fresco de O Bom e o Mau Juiz . Ao longo do século XVI, e com a reforma manuelina do foral, a povoação foi crescendo, instituindo-se localmente uma Irmandade da Misericórdia.
Durante as Guerras de Restauração, devido à proximidade de Monsaraz com o Guadiana e a fronteira espanhola, a Coroa mandou edificar uma nova fortaleza em redor da vila, utilizando o sistema franco-holandês, ou de Vauban. O projecto da nova praça de armas foi desenhado pelos engenheiros franceses Nicolau de Langres e Jean Gillot (ESPANCA, 1975).

in... Monsaraz.com
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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

300 Orgasmos por dia

Só 300 orgasmos por dia a satisfazem

Britânica sofre de Síndrome de Excitação Sexual Permanente
Há as que se queixam porque nunca ou raramente atingem um orgasmo e há também Michelle Thompson, uma britânica que tem 300 orgasmos por dia. O «feito» deve-se a uma doença rara, chamada Síndrome de Excitação Sexual Permanente, noticia o «El Mundo».

Por causa da excessiva excitação, a britânica teve até de abandonar a anterior profissão. Michelle Thompson trabalhava numa fábrica de bolachas, mas o ruído das máquinas provocava-lhe orgasmos contínuos, explica o mesmo jornal.
Não se pense que Thompson é uma mulher satisfeita. É que com 300 orgasmos por dia foi difícil encontrar um companheiro que aguente o ritmo. Michelle diz mesmo que todos os outros homens se cansaram da alucinante pedalada.
O actual companheiro e Michelle vivem curiosamente em casas distintas, mas na mesma rua. Michelle garante estar pronta a qualquer hora do dia e admite que acaba por ser ela a bater à porta do namorado.
«Fazemos amor pelo menos 10 vezes por dia», confessa a britânica, em declarações ao «El Mundo».
O Síndrome de Excitação Sexual Permanente é uma doença que faz circular mais sangue nos órgãos sexuais propiciando o clímax e a excitação sexual.

in... IOL TVI  24

Alimentar tua paixão


Só desejo meu amor
Alvoraçar tua pele inteira
Perverter os teus sentidos
Alimentar tua paixão
Sentir tua fome a comer-me
E sem pudor, gritar meu nome
Alucinando-me a emoção

Tu conheces o meu corpo
Minha alma e coração
Sabes bem como me dou
E como o quero só pra mim
Seja então menino bom
Se entregue até o fim

Se meu corpo pede o teu
Quente, suado e a pulsar
Ofereça-se, para ser meu
Generoso ao se dar
Prometo que nos fundimos
Sem urgência ao nos amar...

USANTES

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

República do Kavaquistão


Cavaco condecora chinês com cadastro
26 NOVEMBRO 2009 (CM)

O Presidente da República condecorou na terça-feira um cidadão chinês com cadastro. Jin Guoping é considerado um dos maiores especialistas no estudo das relações históricas entre Portugal e China e há 15 anos foi condenado em Portugal pelo crime de auxílio à imigração ilegal, refere a TSF..
No entanto, ninguém sabia que Jin Guoping não tinha o registo criminal limpo. Agraciado com a Ordem do Infante D. Henrique, Guopin foi condenado em 1994 por ser o líder de uma rede de auxílio à imigração ilegal na Península Ibérica, que tentava passar cidadãos chineses para os Estados Unidos.
O então tradudor de chinês e português reclamou a inocência, mas o tribunal condenou-o a 15 meses de prisão com pena suspensa.

in... Sábado

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Marretas a cantar "Bohemian Rhapsody", dos Queen

É um dos vídeos mais populares do momento no YouTube: os Marretas cantam "Bohemian Rhapsody", clássico dos Queen e uma das músicas mais populares e adoradas de sempre. O épico resultado pode ser visto (e entoado em coro) abaixo:


Fazer sexo já é dedutível no IRS


Olha se o Teixeira dos Santos descobre. Lá nos obriga a preencher mais um anexo


Um casal de jovens chega ao consultório de um médico terapeuta sexual.
O médico pergunta: O que posso fazer por vocês?
O rapaz responde: Poderia ver-nos a fazer sexo?
O médico olha espantado, mas concorda.
Quando termina, o médico diz: Não há nada de mal na maneira como fazem sexo. E cobra 70,00 euros pela consulta, o que se repete por várias semanas.
O casal marca um horário, faz sexo sem nenhum problema, paga ao médico e deixa o consultório.
Finalmente o médico resolve perguntar: Afinal, o que estão a tentar descobrir?
E o rapaz responde: Nada. O problema é que ela é casada e não posso ir a casa dela. Também sou casado e ela não pode ir a minha casa. No Hotel Tivoli, um quarto custa 120,00 euros, no Holliday Inn custa 100,00 euros e aqui fazemos sexo por 70,00 euros, temos acompanhamento médico, é passado um atestado, sou reembolsado em 42,00 euros pela Médis e ainda consigo uma restituição do IRS de 19,25 euros.

(olha se a moda pega....!!! ñ há médicos suficientes para assistir ao acto! )

Recebida por e-mail

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Portugal, país que foste de marinheiros



Portugal, país que foste de marinheiros,
Que demandaram com ganas o mar oceano;
Na epopeia marítima fomos os primeiros,
Com a bravura heróica deste povo lusitano.

Orgulho incomparável da nossa História,
As façanhas ímpares das navegações;
Heróis que perduram da nossa memória,
Com merecimento , através das gerações.

E hoje quem são os nossos governantes?
Que representam para o povo da nação,
Que confiança, que esperança podemos ter?

Nós o povo, apenas servimos para votantes,
Eles envolvidos em escândalos de corrupção,
E encherem os bolsos a seu belo prazer!...

José C. Ramalho - Direitos de Autor Reservados / SPA

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Os milionários de Salazar


Os milionários de Salazar

(Na foto o ditador com Ricardo Espirito Santo - BES - Centro de História)
Livro de Pedro Jorge Castro com base no espólio de cartas privadas da alta finança ao ditador revela um cordão umbilical a nu.
Porque se mantém o Governo numa posição de favorecimento da burguesia capitalista", interrogava-se Marcello Caetano numa carta de denúncia de um rol de escândalos, enviada ao ditador António de Oliveira Salazar em 1944. Uma linguagem que poderia parecer decalcada, em algumas frases retiradas do contexto, do "Avante!" clandestino que, naquele ano, falaria das duras e muito reprimidas greves de Maio.

A burguesia a que se referia Caetano , então ministro das Colónias, era a alta camada monopolista e financeira. Esta classe começara a consolidar-se sob o regaço do novo regime, protegida da concorrência nacional e estrangeira pelo célebre condicionamento industrial (estabelecido em 1931), encontrando recursos baratos e até mercado cativo no império colonial (cuja conservação era o principal objectivo geopolítico do Estado Novo) e vivendo estreitamente das boas graças no relacionamento pessoal ou, via terceiros, com Oliveira Salazar. A quem não poucas vezes pediam a sua "alta intervenção" e se lhe dirigiam, com alguma intimidade, como "meu querido amigo".
A história do relacionamento com o Estado Novo desta burguesia capitalista que "confrangia" Caetano, é o pano de fundo das mais de 400 páginas de "Salazar e os Milionários", a lançar dia 26 pela editora Quetzal. A obra, escrita por Pedro Jorge Castro, jornalista da revista "Sábado", é um aprofundamento da investigação que publicou naquela revista desde Abril deste ano.
O livro, repleto de detalhes saídos de uma pesquisa própria em diversos arquivos e baseada em leituras do que se publicou depois de 1974 sobre o ditador e a ditadura, dá de Salazar uma imagem bem real e, por vezes, patética: um político agarrado às suas botinhas de pelica; que comia canja oferecida por uma dona de pensão; que regateava orçamentos de fornecedores; que apadrinhava o negócio das capoeiras e horta nos jardins do Palácio de São Bento gerido pela sua governanta; que nunca, enquanto presidente do Conselho, foi mais além do que a fronteira, embevecendo-se com as histórias contadas pelas namoradas ou pelos seus amigos milionários, olhando o mundo através dessas "viagens formidáveis" e dos postaizinhos de correio que lhe mandavam, como anotava meticulosamente no seu diário.
Esta imagem de um rural beirão de Santa Comba na capital do império contrastava com a realidade económica de alta concentração financeira de um país onde, nos anos 1950, apenas 34 empresas detinham mais de 40% do capital social. No final da sua obra de gestão económica do país, já depois de cair da cadeira de lona (ou na banheira) no Forte do Estoril em Setembro de 1968, apenas 10 famílias dominavam 50% da riqueza nacional em 1970, sublinha Pedro Jorge Castro.
Uma relação íntima Uma das famílias da alta finança que recebe destaque neste livro é a dos banqueiros Espírito Santo, que ocupa a segunda parte com quase 100 páginas. Ricardo Espírito Santo e Silva (na foto com Salazar) assumira a direcção do Banco da família (o BESCL) em 1932, justamente no ano em que o ditador passaria a presidente do Conselho de Ministros. Liderava o maior grupo financeiro da época e tinha o privilégio de ser um amigo muito especial de Salazar. Sobre as outras famílias milionárias do regime, o livro escolhe mais onze (Alfredo da Silva/Mello, Champalimaud, Cupertino de Miranda, Queiroz Pereira, Manuel Bulhosa, Medeiros e Almeida, Delfim Ferreira, Moniz da Maia, Miguel Quina, Fino e, por fim, Sousa e Holstein Beck). Todos eles se esmeravam em cartas para o ditador que o livro compila em anexos documentais que dão bem a imagem do cordão umbilical entre o poder político e o económico e financeiro.
Um complemento interessante teria sido enquadrar os negócios e iniciativas destes milionários no processo evolutivo, por vezes em ziguezague, da estratégia económica da ditadura: desde o Acto Colonial, às negociações do Plano Marshall, à tentativa de política industrial sistemática de Ferreira Dias (secretário de Estado do Comércio e Indústria e depois ministro da Economia) para evitar que o país continuasse a ser "uma horta", até à adesão à EFTA, confirmando a guinada para a Europa.

Disseram

"Deixa-se por exemplo criar a convicção de que quem põe e dispõe nos bastidores são os homens de negócios, os homens do dinheiro"
Marcello Caetano, ministro das Colónias e presidente da Comissão Executiva da União Nacional, carta enviada a Salazar, 25/1/1944

"Tenho muita pena de não ir aí hoje, a nossa conversa dominical é para mim o maior prazer da semana, mas obedeço na esperança de que serei compensado"
Ricardo Espírito Santo e Silva, presidente do BESCL, carta enviada a Salazar, 1951

"O senhor professor tinha muito medo dos empresários que queriam mudar tudo a correr"
Maria de Jesus Freire, governanta de Salazar

"Aquilo tinha de ser tudo ao ritmo dele, das conjecturas que lhe iam na cabeça, da sua visão global"
António Champalimaud, industrial, opinando sobre Salazar

Texto publicado na edição do Expresso de 21 de Novembro de 2009

Comunicado do Vaticano


Comunicado do Vaticano:

"Informam-se os crentes que estar na cama nu, enroscado em alguém e a gritar:

*Oh Meu Deus* Oh Meu Deus *

NAO É considerado oração."

 
Gentilmente enviado por Lénia Raimão Oliveira

domingo, 22 de novembro de 2009

Cidade Autónoma de Ceuta

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
Ceuta (em árabe سبت Sebta) com o estatuto de cidade autónoma, é um enclave espanhol que faz fronteira com Marrocos, no norte de África, muito próxima também da colónia britânica de Gibraltar e de Algeciras, ambas situadas na Península Ibérica, na margem oposta do Mediterrâneo.
Ocupada sucessivamente por Fenícios, Cartagineses, Romanos, Vândalos, Bizantinos e muçulmanos, a sua conquista por Portugal (1415) assinala o início da expansão marítima deste país.
A cidade foi reconhecida como possessão portuguesa pelo Tratado de Alcáçovas (1479) e pelo Tratado de Tordesilhas (1494).
No contexto da Dinastia Filipina, Ceuta manteve a administração portuguesa, tal como Tânger e Mazagão. Todavia, quando da Restauração Portuguesa em 1640 não aclamou o Duque de Bragança como rei de Portugal, ficando sob domínio espanhol. A situação foi oficializada em 1668 com o Tratado de Lisboa, assinado entre os dois países e que pôs fim à guerra da Restauração, no entanto, a cidade decidiu manter a sua bandeira que é composta por gomos brancos e pretos, à semelhança da da cidade de Lisboa, ostentando ao centro o escudo português.
Ceuta foi diocese em 1417 por bula do Papa Martinho V. A partir de 1645 a diocese de Ceuta deixa de pertencer a Portugal, e passa a ser cidade espanhola.




Fotos JC Ramalho - Direitos de Autor Reservados / SPA

sábado, 21 de novembro de 2009

Assim aconteceu



Tua boca gulosa
Procurando o beijo
Que coisa gostosa
Me enche de desejo

Morena que tesão
Teu corpo provoca
Teu fogo é paixão
Que quase me sufoca

Gemidos que pairam
No ar desvairados
Meus sentidos disparam
Por todos os lados

Beija-me devagar
Sem qualquer pudor
Teu gosto tomar
Quando fazemos amor

Teu corpo suado
Encostado ao meu
O momento esperado
Assim aconteceu.

José C. Ramalho - Direitos de Autor Reservados  / SPA

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O beijo


O beijo saiu do papel...
Sorveu umidade
Sabor pretendido
Parafraseou desejos
Princípios do corpo
Exacerbou volúpia
Vontade sedenta.

O beijo matou a fome...
Reverteu sensatez
De querer cuidadoso
Usufruiu calor,
Calafrio, carícia farta.
Mobilizou arrepios
Instâncias de gozo.


O beijo matou a sede...
Saciou projeções
De imaginação desejosa
Converteu toques
Murmúrios, sussurros
Quis, e apossou-se
Do gosto querido

O beijo saciou o beijo
Instituiu prazeres
Consumou apelos
Tocou a boca
Namorou o olhar
Colheu pele macia
Ofereceu calor...

[Usy – Verão 1996]

Ricardo Araújo Pereira - Boca do Inferno



Diz-me a quem telefonas, dir-te-ei quantas certidões terás na PGR


Primeiro foi a família. Agora, são os amigos. Falta, evidentemente, o cão. Parece óbvio que vai ser o bicho a protagonizar o próximo escândalo


Quinta-feira, 19 de Nov de 2009

Primeiro, foi a família. Dois ou três tios de José Sócrates, em estreita colaboração com quatro ou cinco primos, produziam declarações diárias que eram embaraçosas para o primeiro-ministro, além de serem muitas vezes embaraçosas para eles mesmos. Quase toda a gente que tinha relações de parentesco com José Sócrates falou à comunicação social a propósito do processo Freeport e confessou um envolvimento mais ou menos profundo no caso. Não houve primo em terceiro grau que não tivesse um dia almoçado com um vizinho de uma senhora que conhecia um amigo do caddy de Charles Smith que não tenha vindo revelar tudo para a imprensa. De repente, a própria mãe do primeiro-ministro apareceu envolvida num escândalo que, tendo embora menores proporções, conseguia, ainda assim, o propósito de escandalizar.
A vida do chefe de governo deve deixar-lhe pouco tempo para a vida pessoal, mas, durante aqueles meses, sempre que o primeiro-ministro queria ver a família, bastava-lhe assistir ao telejornal da TVI. Deve ser reconfortante.
Agora, são os amigos. Armando Vara está metido em sarilhos, o que não deixa de ser surpreendente. Trata-se de um homem brilhante que, de acordo com a página do Millenium BCP na internet, concluiu uma pós-graduação ainda antes de se licenciar. Pós-graduar-se sem antes se graduar constitui uma manobra académica que não está ao alcance de qualquer intelecto.
Mais: apesar de ter concluído a licenciatura já depois dos 50 anos, Vara ainda conseguiu chegar a administrador de bancos, o que o transforma, provavelmente, no mais feliz emblema do programa Novas Oportunidades. Infelizmente, aparece agora ligado a um caso de corrupção, no âmbito do qual se registaram conversas telefónicas que manteve com José Sócrates, e cujo conteúdo é, ou gravíssimo, ou absolutamente inócuo.
Falta, evidentemente, o cão. Se Sócrates tem um cão, sugiro que o submeta a vigilância apertada. Parece óbvio que vai ser o bicho a protagonizar o próximo escândalo. Ninguém sabe se fez um desfalque nas latas de ração, se alçou a pata para uma árvore protegida, se foi visto a cheirar o rabo do cão do Presidente. Mas alguma coisa terá feito. E a justiça há-de deixar no ar a ideia de que se trata de qualquer coisa grave, ideia à qual a comunicação social dará o eco devido. E, no final, o caso terá um desfecho terrivelmente inconclusivo.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

No contrabando o seu negócio fomentou


Honoris causa


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Honoris causa, abreviado como h.c. (em português: causa nobre), é um título honorífico concedido a uma personalidade que tenha contribuído com os preceitos de uma instituição oficial de ensino, não pertencente a seu quadro funcional. Muito comum em universidades, o título de "honoris causa" ocorre normalmente para doutorados ("doutor 'honoris causa"), em situações em que o indivíduo dá uma contribuição específica para a universidade, sendo de outra. Por ser um título à parte reconhecido por outra instituição, é tido por muitos como um título maior que os outros.

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No contrabando o seu negócio fomentou,
Na fuga ao fisco se tornou especialista;
Foi presidente duma câmara socialista,
Até em doutor honoris causa se arvorou.


Foragido da justiça, em Espanha se exilou,
Com artes e engenho de malabarista;
Regressou aplaudido como grande artista,
Deste circo em que Portugal se tornou.


O fisco persegue o mais pequeno devedor,
Não lhe dá descanso, avança com penhora,
Na ânsia de lhe sacar todo o dinheiro…


Quem prevarica é feito comendador,
Com honras de Estado a qualquer hora,
Não é verdade senhor Rui Nabeiro?

José C. Ramalho - Direitos de Autor Reservados / SPA





quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Portugal no Mundial da África do Sul 2010


O vento nunca poderá ser castrado


O vento que te tocava suavemente,
Desencantado perdeu a motivação;
Mudou de rumo, tomou nova direcção,
Não o soubeste amar verdadeiramente.

Amar é dividir, não prender à corrente,
O amor não pode ser uma prisão;
O vento tem de amar com o coração,
Ser livre de pensar como toda a gente.

O vento nunca poderá ser castrado,
Ama a liberdade, é livre pensador,
E nunca por ninguém foi subjugado.

Tem alma de poeta e é cantador,
A poesia é o alimento do seu Fado,
O que faz dele um eterno sonhador!...

José C. Ramalho - Direitos de Autor Reservados / SPA

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Cantadores de Redondo - Grândola Vila Morena

De manhãzinha toda garbosa


De manhãzinha
Toda garbosa
A minha vizinha
Passa vaidosa

De cão à trela
Batendo o tacão
É uma estrela
De ocasião

Moça vistosa
Não digo que não
Um pouco pirosa
Que frustração

Muito convencida
Nas curvas que tem
Mas bem espremida
Não solta vintém

Passeia o Lulu
Não tem profissão
Bamboleia o cú
Em pura exibição

Passa vaidosa
A minha vizinha
Toda garbosa
De manhãzinha.

José C. Ramalho - Direitos de Autor Reservados / SPA

Vejo o Rio Mira a correr


Foto JC Ramalho

Vejo o Rio Mira a correr,
Entre vales, outeiros e montes;
E agora ao entardecer,
Desaguando em Milfontes.

Estou sentado na areia,
Procurando a inspiração;
Porque toda a minha idéia,
Se concentra numa paixão.

Já o sol desapareceu,
E esta noite é de luar;
Vejo uma estrela lá céu,
Tão graciosa a cintilar.

É de primeira grandeza,
Sua luz é superior;
Porque supera em beleza,
Outras de grau inferior.

Vou terminar esta canção,
Que agora acabei de compor;
O rio deu-me a inspiração,
Para expandir o meu amor.

José C. Ramalho - Direitos de Autor Reservados / SPA
(Recordando as férias em Vila Nova de Milfontes no já distante ano de 1978)

O amor e a morte são factos banais


Há na vida duas coisas que são fatais,
E que jamais se poderão remediar;
E cada uma no seu próprio lugar,
Verificamos que no fim são iguais.

O amor e a morte são factos banais,
Em nossa vida são sempre de esperar;
A morte é a nossa vida a terminar,
E o amor, quando vai, não volta mais.

São na vida as coisas mais parecidas,
São o final das esperanças perdidas,
São o desabar de toda uma vida.

Uma vida onde só viemos penar,
Cheia de obstáculos a ultrapassar,
E sómente a isto é resumida!...

José C. Ramalho - Direitos de Autor Reservados / SPA
in... "Metamorfoses da Minha Vida"

Vénus é coisa inventada


Ser Poeta um dia sonhei,
Tal facto ninguém diria;
Quando um dia te encontrei,
Encontrei a poesia.

Uma musa de inspiração,
Todo o Poeta deve ter;
Uma grande motivação,
Dá-lhe forças para escrever.

Vénus foi deusa do amor,
Muitos Poetas inspirou;
Desde o mais pequeno ao maior,
Todo o Poeta a celebrou.

Eu, Vénus não quero cantar,
É um ser sobrenatural;
Uma musa p´ra me inspirar,
Deve ser humana, real.

Ser mulher é a condição,
Para celebrar em poema;
Dispenso Vénus, pois então,
Está fora do meu lema.

Mas tu morena, meu amor,
És mulher por natureza;
Quero cantar-te com fervor,
Nisso tenho eu a certeza.

És minha musa encantada,
Como tu não há igual;
Vénus é coisa inventada,
Tu és mulher, és natural.

José C. Ramalho - Direitos de Autor Reservados / SPA
in... "Metamorfoses da Minha Vida"

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Chegáste de mansinho deslumbrante


Chegaste de mansinho deslumbrante,
Envolta em sensualidade e sedução;
Nossas bocas se beijaram com tesão,
E os corpos se uniram num instante.

Provocadora, gostosa, insinuante,
Corpos suados rolaram pelo chão;
Momentos loucos vividos com paixão,
Ali mesmo te tomei, perfeita amante.

Teu gosto , teu cheiro pairam no ar,
Tua volúpia de novo inflamada,
Anunciam novo gozo no momento…

Soltas palavras para me endoidar,
De novo serás por mim tomada,
Divina musa do meu contentamento.

José C. Ramalho - Direitos de Autor Reservados / SPA

Quero a permanência de um beijo


Quero a permanência de um beijo
Pele acesa, carícias fartas, a dobrar-me
Meus sentidos conduzidos com desejo
E uns carinhos, tão intensos, a tocar-me


Quero-me senhora do teu corpo
Rendida à urgência da paixão,
Aliviada em meus temores mais antigos
Entregue ao que manda o coração


Perdida, bem assim, como me encontro
Arrasto-te pros meus braços, o faço meu
Orno tua ardência com meus gozos
Tomo-o, para ser meu Prometeu.


Minha imaginação bem generosa
Insita-te a despir-me onde mais sou
Amante, intensa, solta, toda tua
Generosa no que tenho e no que dou.


Usantes

Na tua boca um beijo


Na tua boca um beijo
Muito gostoso
É um desejo
É fogo ardente
Que se sente
Nos teus seios
Redondinhos
Muito rijinhos
Acariciados
Docemente
Estremeces, suspiras
Quando ao tocar-te
A tua caverna humedece
E cedes ao impulso
Gemes, imploras
Para te tomar
Fêmea gostosa
Cheia de prazer
Te entregas, gritas,
Te dás e te agitas,
Voluptuosa , explodindo
Em múltiplos orgasmos
E abraçados, colados
Assim aconteceu
Naquele instante
Em que teu corpo
Foi apenas meu…

José C. Ramalho - Direitos de Autor Reservados / SPA

Dos instantes partilhados ternamente


Dos instantes partilhados ternamente,
Foram sonhos lindos que eu sonhei;
Foste a mulher ardente que desejei,
Foste o poema que escrevi suavemente.


Foste a flor que germinou da semente,
Que no jardim da poesia eu inventei;
E em versos simples te imortalizei,
Como musa, poetisa ou mulher,sómente.


Que importa querer enganar os sentidos,
Se esses sonhos que dizes adormecidos,
Pairam no ar, embrenhados de emoção…


A vida é um ciclo que não pode parar,
Por isso continua sempre a acreditar,
Que o amor existe, é eterna renovação.



José C. Ramalho - Direitos de Autor Reservados / SPA

Dá-me teu abraço, te dou meu calor


Permita-me tomar tua poesia
Fazer dela a minha canção
Entoar em sonho a melodia
Deixar contente meu coração

Permita-me captar teu jeito
Descrever teu sonho, tua alegria
Despir tua alma, mostrar teu peito
Compor teu momento, fazer teu dia

Permita-me beijar tua certeza
Dissipar tua dúvida, alimentar desejo
Imaginar horizonte, sonhar grandeza
Querer momentos, saborear teu beijo

Permita-me, num aceno, e me vou
Atenta-me, e dê-me a ti, sem temor
Deseja-me pra ser tua, e me dou
Dá-me teu abraço, te dou meu calor.

[Usy – Poema Comum – Pedido]

Corpos suados, sôfregos de emoção


Reclamaste o meu carinho, estavas carente,
Quando te tomei naquela madrugada;
Envolvi-te nos meus braços bem apertada,
E o teu desejo se expandiu naturalmente.


Toda a sensualidade de mulher ardente,
Tua lascívia totalmente libertada;
Foste a amante perfeita, muito ousada,
Sem tabus, e desinibida totalmente.


Corpos suados, sôfregos de emoção,
Ávidos de se consumirem com paixão,
Se libertaram num deleite anunciado.


Momento mágico que nós vivemos,
Em que por inteiro nos absorvemos,
Estava o nosso momento consumado!...


José C. Ramalho - Direitos de Autor Reservados / SPA

Horizontes de tantas fugas


Horizontes de tantas fugas
Lugar de gestos incontidos
Denúncia, renúncia, sentimento
Verbo exarcebado, exagerado
Verdades nuas, sentenças
Emoção, tormento, inquietude
Tristeza, ora disfarçada, ora cantada...
Tu, poesia, tu prevaleces!

Inquilina de todos os desejos
Plena de juventude e vaidades
Senhora e dona de tantos “ais”
De tantas canções e melodias.
Por ti, certezas, convicções
Para ti, assombrosos demônios,
Disfarces, manias, fugas,
Pois tu, poesia, tu prevaleces!

Serva e dona do amor
Lágrima dos desencantos
Ao te dar a vida, lamentamos
Servir-te, imaginação e imagens,
Cenário, cena, drama, ficção
Se em ti estreamos sonhos, dores, alegrias
Na mesma proporção, revelamos encanto,
Por que tu, poesia, tu prevaleces!

Por ti, flagelo, paixão à flor da pele
Ferida exposta, serenamente sangrando
Versos, rimas, altares das cicatrizes
Medos despertados, intimidados
Com cuidado viramos à esquina da palavra
Damo-nos em outras rimas, longas, curtas
Já que tu, poesia, tu prevaleces!

[Usy – Poema Comum]

domingo, 15 de novembro de 2009

Áh! O Poeta!!


Ah! O Poeta!!

Que voou e que aterrissagem extraordinária pode fazer o poeta, no mais íntimo sentido das palavras!!
Só ele consegue tal proeza. E o consegue porque se move entre a pretensão e a certeza de poder dizer o que sente, vive, sonha, deseja e quer.
Poetas se escondem nos versos, se deliciam em gozos que são deles apenas, se extasiam ante a possibilidade de interação [mas isto é utópico].
Só um poeta fica ali, ‘parado’, olhando a noite estrelada, sentindo o frio no rosto, aquecendo o coração, liberando as emoções, libertando os sentimentos, os desejos, os fantasmas...
Só um poeta sente no corpo e na alma, ao tempo em que enxergam um bom motivo para encontrar a exuberância da vida, e ver muito mais adiante...
Sabe por que isso acontece? Por que o momento das palavras e da poesia expressa nos versos só pertence ao poeta.
Poeta é como colibri sedento da mais pura seiva. Por isso bate asas e voa longe, até alcançá-la. Sim, por que a seiva mais doce nem sempre está perto.
Poeta canta lento (tal qual colibri), por que lhe importa saber que seu canto pode provocar alegria. Também compõe melodias, ao traçar palavras e versos. A música que as palavras e os versos cantam resultam dos sentimentos, brotaram dos encontros, e dos desencontros também.
Para poeta poesia é provocada e é provocação! E Tal qual a enchente que faz um rio transbordar, assim também o poeta; sente e transborda.


Com os devidos agradecimento á autora:

[Usy] - Useene Santana Leal - Poetisa e Filósofa



sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Palavras e expressões alentejanas



Palavras e Expressões Populares Alentejanas (exp.)


......A

Apanha a lebre - Quando alguém cai Arriar o Calhau - (exp.)Ir ao WC
Adondi -Onde . atão - Então Azete - Azeite
amori - amor . Enrascado - Atrapalhado Abalari - ir embora . Açucre - Açúcar
Amanhari - arranjar . Andê - Andei Agente- Nós
Ali ó pé - Ali junto . Abordo - Aborto Adondi vais ? - (exp.)Onde vais?
Amanhêm - Amanhã Andar à bulha - (exp.) desavença
Alfacem - Alface p/salada Atalicar - Provocar, atiçar
Abalou - Foi embora Azarado - Pessoa que não tem sorte
Anzoli - Anzol da pesca
Apoquentado - Preocupado
Alvanéu - pedreiro , const civil
Arretalhar - Dar um corte com a faca, normalmente em azeitonas e castanhas
Andar à unha - andar em desavenças, desentendido A modesqui - (exp) Parece que !!
Abuínha - Borboleta pequena Assarapantada - Assustada, confusa
Avondo - já chega . Adrego - Por acaso Aventar - Jogar ao vento, atirar
Aporrinhado- Chateado, incomodado Ainda bem não - quer dizer outro dia
Azelha - Sem jeito, pouco habilidoso Assomar - Espreitar - (exp.)assoma-te aqui ao vestigo
Adepois - Depois Azogue- iman
Às tantas nem sabe o que está a escrever - (exp.) provavelmente nem sabe .... Aonde vais - (exp.)onde vais?
A tua pinta (vagina) chê d`arroz- expressão utilizada entre mulheres quando uma diz algo que não faz sentido á outra ou que lhe está a tentar tomar por parva anastacio/anstaiçado- parvo

.....B

Barafunda - Confusão .Tá Buzio - (exp.)Está embaciado-baço Bresuntar o pão - Barrar o pão (c/ mateiga )
Bodega - Coisa sem utilidade Balharico - Baile . Barafuso - Parafuso
Balhe - Baile . Barriu - Bairro Banhar - Nadar
Bem esgalhado- bem feito Bem amanhado - Bem arranjado, bem tratado (exp.): esta horta tá bém amanhada
Bajolo - Pedra grande sem formato Balhar -dançar bestigo - tapa luz da porta
Bilha - Qualquer vasilha Baboso/Embabosado - parvo, estupido
Bêços- lábios Bolegar ou andar ao bolego - significa lutar - era usada na zona de
Mertola e tambem na zona de Serpa

......C

Carraspana - Resfriado (Ex: Esta noite apanhei uma grande carraspana= apanhei muito frio)
Campo da Bola - Estádio de Futebol Coito - Couto (coutada caça)
Cambra - Câmara Municipal Calitro - Eucalipto
Cafei-café . Camineta - Camionete
Compromissio - Compromisso
Carepa - caspa (cabelo) . Chóriço - Chouriço Calidade - Qualidade .
Canti - cantar . Cacete - Pau Cagár - Ir ao WC . Canzuada - Vários Cães
Clubi - Clube . Casão - Armazém Como tão? - Como estão, como vão
Cuprativa - Cooperativa . Chico - Francisco Cheira mal que tresanda: (exp.) Quando lhe cheira mesmo muito mal
Catrina - Catarina . Cambria - cãibra Chanfrado da cabeça - (exp.) Que está tonto, maluco
Canseira - Trabalheira, trabalho difícil Cubrir - ter relacoes sexuais
Chegou a casa às tantas - (exp.) chegou muito tarde Cisco - Lixo , Cabelerice - Cabeleleira
Cachaporrada- Estalada, murro, etc Cu - Ânus
Cona - Vagina Cover - O que houver (exp.) Haja o que Houver
Colhão - Testículo Chapada - Estalada (exp.)Levas uma chapada
cadinho - um bocado, só um pouco (exp.) dá-me um cadinho de pão Calhando - Talvez

......D
Dê - Dei . Estabordar-Transbordar Dá cá um bacalhau - (exp.)dá cá um aperto mão - forma de cumprimentar
Drome - Dorme . Dinhêro - Dinheiro Drento - Dentro
Drumir - Dormir . Dicamentos - Medicamentos Desapareceu do mapa -(exp.) Deixou de ser visto
Dreta - Direita. Desanda - vai-te embora Desampara-me a loja - vai-te embora
Dar vazão - Chegar para as encomendas Desencaminhado- marginal
De má rés - pessoa imprestável e ou perigosa De má raça - Pessoa imprestável
Dempelão - despido , nú
Dá álas - Dar aulas
Desmangaritado - partido
Detari - Deitar


.......E

Estabordar - Transbordar É só fezes - (exp.)é só problemas
Emaili - Email . Escola Ténica - Esc. Técnica Estriqueira-Estrumeira
Estrambelhádo - Meio doido Esgroviada - Pessoa alvoraçada (Mulher)
Estevo - Estúpido, Burro Encanfuado - Escondido
Esgalhar uma - masturbar-se Estrampalhado - Avariado . Desorganizado
Estás armado em carapau de corrida - (exp.) quando alguêm se julga mais esperto Endreta-te - Pôr direito
Esquero - chiqueiro, pocilga porcos Enfardar - Comer, levar porrada - (Exp.) Já tás a enfardar
Ervilhanas ou Alcagoitas - amendoins Esparverado - aquele que está distraido ou quando diz qualquer
coisa sem nexo
Enxovalhado - Amarrotado, desrespeitado Enrascado - Que esta atrapalhado , confuso
Estar enteirado - Estar informado. Encigueirado - Cheio de vontade
Esgravatar- Pequenas escavações que alguns animais domésticos fazem com as patas
Enoiro- parvo . Escampar - cessar de chover
Emparvatado- parvo, estupido Extroviado- maluco

......F
Faxavore - Se faz favor . Franhera - Farinheira Furgoneta - Carrinha
Farrapo - Pedaço de pano Foi enxogado - (exp.) Foi malhado - levou pancada
Fuim - Fui Fui a escala - Fui busca-la
Figorifo - Frigorifico Fazer das tripas coração- (exp.)suportar com paciência
Fezes - Problemas, chatices

......G

Grande Lesma -(exp.) fracalhote,muito lento Ganfar - Roubar
Gravançada - Cozido grão Girolmo - Jerónimo
Grande 31 - (exp.)Grande problema Galdéria - Mulher mal comportada
Ganir - Ladrar - Gratuitis - gratuito gajo/a/- tipo, fulano (exp.) este gajo é maluco)

......H

Havera - Haver Hoje tas cô oureão- hoje estás mal humorado

......I

Interneti - Internet . Inda tás aí ? - (exp.)Ainda aí estás ? indicamentos - medicamentos
Irmões - Irmãos vai gaspiado - vai muito rápido
oIntricante- prevericador, intriguista

......J

Jaquim - Joaquim Já vens a dá fé - (exp.) feito curioso
Já mes tás a fazer passar da cornadura - Estou a ficar sem paciência (exp.) Já tás com a cabeça aos bacos- já estás a inventar, ou a propôr algo sem sentido
Já chega - Tem ávondo

......L

lête-leite . Lavrari - Lavrar Logem - Loja, comércio

Lá vai de chocalho a bordão - A andar desengonsado Loiseiro- pessoa que conta muitas graçolas, ou que aborda as coisas com
muita superficialidade em tom de brincadeira

......M

Manhêm - Manhã . Maneli - Manuel Mê filho - Meu filho . Murtado - Multa
Metêssi - Metesse. Migalheiro - Mealheiro Maniento - Vaidoso, pessoa com ar importante
Missão - Missa demorada Mal criado - Mal-educado
Magana - Mulher velhaca, trapaceira Maltês - Homem que não para em casa
Manganão- Homem garande, homem de má índole . Marrafa - Risco no cabelo depois penteado Mudar a água às azeitonas - Urinar
Mijar - Urinar
Monturo de lenha - monte de lenha moço - rapaz
Más mole cum figo- pessoa pouco activa Magana- espertalhona
Más puta cás galinhas- mulher extremamente promiscua

......N

Nã - Não . Neque tá- onde está Nôte - Noite . Nomi - Nome
Na te entéras - (exp.) Não sabes? Na te rales - ( exp.) não te preocupes
Na paras na canastra - (exp.) não estás sossegado - não consegues estar parado Na paras em ramo verde- (exp.) não está sossegado - não consegue estar parado
Na diz coisa com coisa - (exp.) Já não sabe o que diz Na dá mão -(exp.)Não liga ao que lhe dizem
Na quer as sopas - (exp.) Quando se está a tentar fazer alguma coisa e não se consegue Na ai -(exp.)Não há
Nariz aceso - Constipação no nariz Na dá conta do recado - (exp.)Não consegue tratar das tarefas que se propôs
Pôr-se à coca - ficar atento pôr-se na alheta - fugir, escapar-se
Não vale um chocalho d´erva - Não vale nada Não dou notícia - (exp.) quando lhes perguntamos por exemplo se conhecem um determinado sítio e ele não sabe

......O
óvera - Havia . Onte - Ontem Ontágora = há pouco tempo atrás
óvintes - ouvintes - Ontiagora - à momentos atrás Odepois - Depois

.......P

Pitróli - Petróleo . Pássaro bisnau - Pénis Pêxe - Peixe . Poio, Bosta - Excremento
Panedro -pedra , já tenho pa me remediar - (exp.) Já tenho que chegue por agora Pandelero - Que tem aspecto feminino, maricas
Pinico - Bacio , penico . Pêto - Peito Pinote - Salto . Poças - (exp.)usada quando alguma coisa não corre bem - irra
Penceleta - Peq. pincel . - Pranta aí = coloca a Peganhoso - Que gosta de se meter com os outros, provocante
Pertechinho - Perto, próximo Pirum - Peru, perua
Pelam-se por ler isto - gostam de ler isto (exp.) Prantei aqui - (exp) coloquei aqui ....
Pinguela - Pequena ponte sobre um barranco ou ribeira Punheta - Acto de masturbar
Passaloza - A Borboleta Pôr-se na alheta - fugir, escapar-se
Pastelemão - pessoa pouca activa Pavão- parvo

......Q

Qrido - Querido

......R

Ribanceira - Baranceira . Ribêra - Ribeira Respêto - Respeito . Rabanho - Rebanho
Rôpa - Roupa . Rodilha - Guardanapo
Ritimo - Ritmo (ex:trabalha c/ mt ritmo)

......S

Sô - Sou . Sofases - Sofás Se eu lhe der guita -(exp.) se o deixar à vontade - se fizer caso dele/a
Stander - Stand
Sonturdia -(exp.) Quando se refere algum acontecimento ocorrido dias atrás Exemplo: sonturdia estive em Lisboa
São mais que muitos- (exp.) são muitos Se bem calha - (exp.) provavelmente
Suador de pêto - acasalar, excitar Sombrinha - Chapéu de chuva
Se calhar - talvez Suão - Vento sul muito quente

......T

Távendo - Esta a ver . Tremera - Nervoso Tanganho - Pauzinhos
Tardi - Tarde (boa tarde) . Tónho - António
Tamêm - Também
Tamos cagádos - (exp.) usada quando as coisas não correm bem Tá lé a Tontaria - (exp.) quando não concorda com o que se disse
Tá lé o esparragado - (exp.) Alvoroço - Confusão - barulho Tô de pau feto - (exp.)Estou excitado
Trempe - Acessório em ferro para colocar as panelas ao lume Tás a mangar - (exp.)Não está a falar a sério
Tá fazendo ronha - (exp.) Não está a aproveitar o tempo, finge que fáz Tá passado da cabeça - (exp.)Não está bom, está maluco
Tá lé a lengalenga - (exp.) Quando se repete, enfadonho Trigue - tigre Talmente - Naturalmente
Tá fêto mariola - (exp.) Está feito brincalhão Tanta porquera - muita porcaria
Tónho - António tas com fastio? - tas sem fome?/Tas enjoado
Tanta familia - Muita gente Tel Nei a Moinha- ai que chatice
Tém ávondo - Já chega Taronja - Meio tonta Tarroera - barreira
Tá mangando comigo - está brincando
Tava -Estava (exp.) estava estudando
Tal tá porra - Estou a perder a paciência tá uma grande calma -(exp.) para referir que está muito calor
Tás lixado - estás tramado Tomatas- tomates

......U

Untar o pão - Barrar o pão .

......V

Vreda - Vereda (atalho, caminho) Viu uma data deles - (exp.)viu muitos
Vais ter um lindo enterro - (exp.) não ter êxito Pelam-se por ler isto- gostam de ler isto
Velháca - má Viro-te as tripas ao contrário - Ameaça de agressão fisica
Viro-te do avesso- Ameaça de agressão fisica Vocemessê - Você
Vazar a bolsa - Ejacular Vai levar no cu - (exp.) Quando se quer agredir verbalmente alguêm
Vou-me assacudindo - Vou-me embora

......X

Xati - Chat Xumela - Almofada

:::::::Z

Zéi - (Zé) José . Zaragata - desordem Zêtona- azeitona

***


Várias formas de um Alentejano responder à pergunta "então como vai?" ou "como está"

Vamos andando - vamos desandando - vamos mais ou menos

vamos indo - vai-se vivendo

" Vai o tipindo!"

Várias formas de um Alentejano responder à pergunta "tal tás" ? ou " como vais indo" ?

"cá temos" ou entao "na mema", ou mesmo as duas

***


Várias formas de um Alentejano se expressar quando vai urinar

Vou mijar - Vou mudar a água ás azeitonas - Vou regar as urtigas

Vou esvaziar o vazelhame


***
Várias formas de um Alentejano se expressar quando vai obrar

Vou cagar, vou-me abaixar, vou arriar o calhau, vou dar de corpo


***
(O que ouvimos na rádio)

Pergunta o reporter - Então e a senhora já viu alguma vez um auto-estrada?? ...Responde a velhota - Não!! ...se vi, na ma lembro

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