segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Horizontes de tantas fugas


Horizontes de tantas fugas
Lugar de gestos incontidos
Denúncia, renúncia, sentimento
Verbo exarcebado, exagerado
Verdades nuas, sentenças
Emoção, tormento, inquietude
Tristeza, ora disfarçada, ora cantada...
Tu, poesia, tu prevaleces!

Inquilina de todos os desejos
Plena de juventude e vaidades
Senhora e dona de tantos “ais”
De tantas canções e melodias.
Por ti, certezas, convicções
Para ti, assombrosos demônios,
Disfarces, manias, fugas,
Pois tu, poesia, tu prevaleces!

Serva e dona do amor
Lágrima dos desencantos
Ao te dar a vida, lamentamos
Servir-te, imaginação e imagens,
Cenário, cena, drama, ficção
Se em ti estreamos sonhos, dores, alegrias
Na mesma proporção, revelamos encanto,
Por que tu, poesia, tu prevaleces!

Por ti, flagelo, paixão à flor da pele
Ferida exposta, serenamente sangrando
Versos, rimas, altares das cicatrizes
Medos despertados, intimidados
Com cuidado viramos à esquina da palavra
Damo-nos em outras rimas, longas, curtas
Já que tu, poesia, tu prevaleces!

[Usy – Poema Comum]

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