terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Um eterno par romântico

Face ao estatuto mitológico de Casablanca, não deixa de ser irónico pensar que tudo poderia ter sido muito diferente...
Afinal de contas, chegaram a circular rumores de que o personagem de Humphrey Bogart (Rick Blaine, proprietário do "Rick's café", em Casablanca) seria interpretado por Ronald Reagan; Ann Sheridan e Hedy Lamarr foram também nomes considerados para Ilsa Lund, antes de o estúdio ter optado por Ingrid Bergman. além do mais, ficou lendário o secretismo que envolveu a escrita do argumento, a ponto de, durante grande parte da rodagem, os actores desconhecerem o que aconteceria na cena final de despedida no aeroporto.
Para Bogart, aos 43 anos, o filme funcionaria como um momento decisivo na evolução da sua "persona" cinematográfica. até aí consagrado como símbolo do filme de gangsters (relíquia macabra surgira um ano antes), ganhou, com Casablanca, a dimensão de herói romântico: por alguma razão, Bogart & Bergman persistem como um modelo universal do romantismo cinéfilo.
Dirigido por Michael Curtiz, um dos mestres europeus de Hol- lywood (era de origem húngara, nascido em 1886), Casablanca transformar-se-ia num dos principais símbolos do "filme de guerra": a estreia em Nova Iorque (Novembro de 1942) foi mesmo agendada para ecoar a invasão do norte de áfrica pelas tropas aliadas. nos óscares, foi consagrado como melhor filme do ano, vencendo também nas categorias de realização e argumento.

in... DN Artes

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