Texto publicado no CorreioAlentejo, Edição nº 163 (12.06.2009)
Al MutamidÁrabe, poeta, rei... e bejense
Foi poeta e rei, amante e guerreiro. Aliás, a história da sua vida bem podia ser uma das 1001 com que Sherazade entreteve o rei mouro que a queria decapitar. Nascido em Beja em 1040, em plena época de ocupação árabe na Península Ibérica, Muhammad Ibn Abbad Al Mutamid era filho e natural sucessor de al-Mutadid, rei árabe de Sevilha.Aos 12 anos, Al Mutamid foi nomeado governador da cidade de Silves e 17 anos depois subiu ao trono de Sevilha, na altura o reino mais forte entre os que surgiram em al-Andaluz – a actual província espanhola da Andaluzia – após a queda do califado de Córdoba. Governou durante 19 anos e o seu reinado ficará para sempre para a História como dos mais marcantes.“Al Mutamid foi o mais liberal, magnânimo e poderoso de todos os taifas de al-Andaluz. O seu palácio foi a pousada dos peregrinos, o ponto de reunião dos engenhosos, o centro aonde se dirigiam todas as esperanças”, escreveu Ibn Jaqan, um dos cronistas de então, exaltando em Al Mutamid a sua astúcia política e os seus dotes poéticos, que fazem dele, ainda hoje, um dos maiores poetas árabes.Contudo, em 1088 o poder de Al Mutamid ruiu às mãos dos soldados almorávidas. Destronado, Al Mutamid buscou exílio em Agmat, cidade a sul de Marraqueche (Marrocos), tendo por companheiro Abd Allah, último rei zirí do reino de Granada. Ali morreu no ano de 1095 e, segundo garantem alguns historiadores, o seu túmulo, conservado até hoje, “tornou-se no símbolo dos mais belos tempos de al-Andaluz”.
Al MutamidÁrabe, poeta, rei... e bejense
Foi poeta e rei, amante e guerreiro. Aliás, a história da sua vida bem podia ser uma das 1001 com que Sherazade entreteve o rei mouro que a queria decapitar. Nascido em Beja em 1040, em plena época de ocupação árabe na Península Ibérica, Muhammad Ibn Abbad Al Mutamid era filho e natural sucessor de al-Mutadid, rei árabe de Sevilha.Aos 12 anos, Al Mutamid foi nomeado governador da cidade de Silves e 17 anos depois subiu ao trono de Sevilha, na altura o reino mais forte entre os que surgiram em al-Andaluz – a actual província espanhola da Andaluzia – após a queda do califado de Córdoba. Governou durante 19 anos e o seu reinado ficará para sempre para a História como dos mais marcantes.“Al Mutamid foi o mais liberal, magnânimo e poderoso de todos os taifas de al-Andaluz. O seu palácio foi a pousada dos peregrinos, o ponto de reunião dos engenhosos, o centro aonde se dirigiam todas as esperanças”, escreveu Ibn Jaqan, um dos cronistas de então, exaltando em Al Mutamid a sua astúcia política e os seus dotes poéticos, que fazem dele, ainda hoje, um dos maiores poetas árabes.Contudo, em 1088 o poder de Al Mutamid ruiu às mãos dos soldados almorávidas. Destronado, Al Mutamid buscou exílio em Agmat, cidade a sul de Marraqueche (Marrocos), tendo por companheiro Abd Allah, último rei zirí do reino de Granada. Ali morreu no ano de 1095 e, segundo garantem alguns historiadores, o seu túmulo, conservado até hoje, “tornou-se no símbolo dos mais belos tempos de al-Andaluz”.
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