sábado, 28 de agosto de 2010

CIÚME - O VIRUS QUE ATORMENTA

Ilustração - Zeus e Hera - da mitologia grega.

CIÚME - O VIRUS QUE ATORMENTA

As crises de ciúme provocadas pela infidelidade de seu esposo, Zeus, marcaram o comportamento da deusa grega Hera em muitos episódios da mitologia.
A relação amorosa cria laços únicos, talvez os mais intensos que somos capazes de formar. Além do envolvimento sexual, há a união, a cumplicidade e a entrega. Quando a traição vem romper esses laços, a raiva que sentimos é proporcional ao afeto anterior.
O ciúme é um alerta. É um demônio perigoso que solapa nossa segurança e alimenta nossos medos mais profundos e secretos. Ele consegue desarticular o ego adulto e fortalecer os aspectos infantis que contém. Tem enorme capacidade de nos transformar em crianças assustadas, chorando pelos cantos, flagelando-nos destrutivamente, ameaçadas e sem controle. A dor funciona como um alarme, dizendo a você para prestar atenção, tomar cuidado. Por outro lado, a negação do ciúme, embora pareça uma atitude mais moderna, é arriscada e pode até levar à alienação, à ansiedade e às tentativas disfarçadas de vingança.
Os sentimentos gerados pelo ciúme são tão primitivos que muitas vezes nos arrastam a atitudes completamente fora do nosso padrão de comportamento. O problema é como lidar com esse sentimento tão intenso. Em geral quando estamos com ciúme reagimos com gritos, choro, acusações, ou até mesmo com um silêncio ressentido. Nesse contexto, nem apresentamos nossos sentimentos de forma clara, nem criamos um clima propício para discutir o assunto amigavelmente.
O que é interessante observar são as diferentes formas de reação dos dois sexos. A mulher ciumenta busca desesperadamente uma forma de salvar a relação. Já o homem, na mesma situação, fica mais enraivecido, mas a maior preocupação é proteger sua auto-estima.
Com a entrada em cena de uma rival, algumas mulheres se enconlhem, enquanto outras ficam tão tomadas pela disputa, que "vencer" se torna a questão principal. Essas reações estão ligadas à infância e são explicadas pela psicanálise como fantasias relacionadas ao complexo de Electra, (aquela idade entre 4 e 7 anos que as meninas competem com a mãe na conquista do pai). Com a chegada da idade adulta, qualquer rival que ameace o equilíbrio de uma relação amorosa reavida esses sentimentos reprimidos.
Perder o amor é o medo maior. Às vezes basta imaginar que a pessoa amada está interessada por alguém para que nossos dias se encham de sofrimento. E tanto mais sofremos quando mais somos desconfiados, vendo ameaças onde não existem. Às vezes, a sexualidade desenfreada que atribuímos a nosso parceiro é apenas aquela que nós mesmos gostariamos de estar vivendo.
O sofrimento causado pelo ciúme sempre vem acompanhado da vergonha e da culpa por sermos ciumentos. Melhor seria se, em vez de ficarmos horrorizados com nossos sentimentos, tentar entendê-los e aceitá-los.
Os ciumentos mais violentos são as pessoas possessivas e inseguras. Para elas o amor sempre se transforma em armadilha, pois estão certas de que, se não controlarem a pessoa amada, ela irá trair ou até sair de sua vida. Por serem dessa forma não conseguiram desenvolver a própria autonomia e com essa atitude tentam fabricar uma identidade para si através da "fusão" com o parceiro, de quem ficam dependentes. Diante da dúvida entram em pânico e com medo de que sua metade possa deixá-lo. Não são raros os casos extremos que levam ao crime.
As diferenças entre o ciúme normal e o patológico se confundem. A verdade é que em sua forma normal pode até ter uma função biológica, pois, de acordo com os antropólogos, se não fosse necessário para a evolução da espécie, esse sentimento já teria desaparecido.
O ciúme sempre conduz à acusação. E isto só faz colocar o outro na defensiva e leva a discussão a um impasse. Se conseguimos admitir honestamente nosso ciúme, e falar de nossas ansiedades e fantasias de abandono, veremos que o sofrimento se transforma ou mesmo desaparece. Cada um dos amantes deve aprender a deixar a superfície e descer às raízes, ao sentimento de desamparo. Assim se protege a relação, dando-lhe possibilidade de crescer.
Geralmente a infidelidade esconde um problema mais profundo da relação. Algumas relações até melhoram depois que uma traição é detectada e discutida. O trauma de uma infidelidade pode levar o casal a reavaliar sua relação e a analisar seus pontos cruciais. Não são raros os casos em que a traição é a forma encontrada por um dos dois para forçar uma confrontação e juntos encontrar o melhor caminho para um verdadeiro amor.
Por mais doloroso que seja, o ciúme é também um acompanhamento inevitável do amor e prova de atenção permanente. Ter ciúme é "querer" e, também, é disposição para lutar pelo amor de nossa vida.

Nicéas Romeo Zanchett

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Desfile de 60 anos da República da China



A República Popular da China foi fundada em 1º de outubro de 1949. Para celebrar seu 60º aniversário, foi realizado um desfile de 3 horas em Pequim.
Esse vídeo feito por Dan Chung mostra os melhores momentos, mesclando trechos em timelapse, slow motion e stop motion! Muito bonito!!
O vídeo é cheio de cores, a filmagem é sensacional, e valoriza toda a grandiosidade e importância do evento. Incrível a disciplina das pessoas que desfilaram. Todas alinhadas em filas e nada sai das linhas.
É impressionante! Vale a pena ver tudo!

BlogIdéias



Marvão

O Castelo de Marvão é constituído por uma imponente muralha, onde se encerra a pitoresca vila típica e monumental, de casco muito antigo, e o castelo propriamente dito, situado no ponto mais alto do esporão rochoso, em permanente vigília sobre um território fronteiriço.
D. Afonso Henriques terá tomado a fortaleza aos mouros em 1166.
A sua excelente posição estratégica na linha de defesa da fronteira valeu-lhe as atenções de inúmeros monarcas materializadas em grandes obras de remodelação, algumas das quais ainda hoje detectáveis.
D. Sancho II concedeu-lhe foral em 1226 com o intuito de manter este ponto avançado povoado e, deste modo, protegido dos inúmeros ataques vindos de Espanha.
Mas terá sido D. Dinis quem empreendeu as primeiras grandes obras de ampliação e remodelação. Data dessa altura - 1300 - a construção da torre de menagem.
Anos mais tarde, durante a Guerra da Restauração, o castelo foi reconstruído numa linguagem arquitectónica a que parecem não ter sido alheias, para além das intenções primordiais de cariz militar, outras, poderemos dizer estéticas, patentes na volumetria então desenvolvida.
Adossada à Torre de Menagem ainda hoje subsiste uma alta muralha, interior, que envolve o terreiro. Esta estrutura é ainda envovida por uma segunda linha de muralha reforçada com torreões e ameias.
A barbacã é o início de uma extensa linha defensiva que coroa o monte e envolve e protege a vila.

Castelo de Marvão. In Infopédia

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A História do Povo Judeu e seu Deus

Alguns históriadores dizem que no começo dos tempos...
Deus chegou para os Egipcios e perguntou:
- Vocês querem um mandamento?
- Qual seria ele?
- Não cometerás adultério!
- Não, obrigado, isso arruinaria nossos finais de semana!
Então Deus foi até os Assírios e perguntou:
- Vocês querem um mandamento?
- E qual seria este?
- Não roubarás!
- Não, obrigado, isto arruinaria nossa ecônomia.
Então Deus foi até os Judeus e perguntou:
- Vocês querem um mandamento?
- Quanto custa?
- É de graça!
- Então manda logo 10!

domingo, 15 de agosto de 2010

Eça e os politicos

"Estamos perdidos há muito tempo...
O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
Os caracteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte, o país está perdido!
Algum opositor do actual governo? Não! "

sábado, 14 de agosto de 2010

Feng Jiang - fotografias da China


Não é preciso ter um doutoramento para se tirar boas fotografias mas o Dr. Feng Jiang tem-no pela Universidade de York, onde é docente. Neste conjunto de fotografias parece ter sentido a necessidade de mostrar as virtudes paisagísticas do seu país natal, a China. Fá-lo exemplarmente, com um excelente domínio da composição, da luz e da cor. Um nome a reter.

The Beatles come to town - RARE 1963 (color)



50 anos de The Beatles

Fonte: YouTube
Foram The Quarrymen, The Beetles, The Beatals, Johnny and the Moondogs, Long John and The Beetles e The Silver Beatles. Em Agosto de 1960, adoptaram o nome que os tornaria imortais: The Beatles deram o primeiro concerto há 50 anos.

A Batalha de Aljubarrota

Contexto político anterior à Batalha de Aljubarrota

Com a morte do rei D. Fernando em 1383, o Tratado de Salvaterra de Magos, celebrado em Abril desse ano entre a rainha D. Leonor Teles, o Conde João Andeiro e o Rei de Castela, estabelece que a Coroa de Portugal passaria a pertencer aos descendentes do Rei de Castela, D. Juan I, passando a capital do Reino para Toledo. O Reino de Castela iria inevitavelmente dominar Portugal. A situação que se cria provoca mal estar e não agrada á maioria da população portuguesa.
Analisando a crise política de 1383 a 1385, é possível referir que na sua origem esteve, em primeiro lugar, o descontentamento popular existente, resultante não só da degradação das condições de vida da generalidade da população, mas também pela perspectiva do Reino de Portugal vir a perder a sua independência.
Este desejo de alterações foi então facilitado pelo facto de D. Leonor Teles e os seus aliados defenderem uma solução política para Portugal, não só discutível legalmente, como claramente do desagrado da grande maioria da população portuguesa.
Em face desta circunstância, a população de Lisboa proclama D. João, Mestre de Avis, meio irmão de D. Fernando, como "regedor, governador e defensor do reino". Perante a revolta da população portuguesa em vários pontos e cidades do Reino, o Rei de Castela, em 1384, entra em Portugal. Entre Fevereiro e Outubro monta um cerco a Lisboa, por terra e por mar, com o apoio da frota castelhana. O cerco não resulta, não só pela determinação das forças portuguesas, mas também por Lisboa estar bem murada e defendida.
Afastados momentaneamente os combates com Castela, o partido do Mestre avançou, então, para a batalha política. Reúnem-se assim em Março e Abril de 1385 as Cortes de Coimbra, que proclamam o Mestre de Avis como Rei de Portugal.
Perante esta situação em 8 de Julho de 1385 D. Juan I, invade novamente Portugal, por Almeida, com um numeroso exército de 40.000 homens, seguindo depois por Trancoso, Celorico da Beira, Coimbra, Soure e Leiria. A esquadra castelhana havia entretanto cercado Lisboa por mar, desde Abril desse ano. O exército português, comandado por Nuno Álvares Pereira, tinha-se colocado em posição de combate. A Batalha tinha-se tornado praticamente inevitável.

O desenrolar da Batalha

No dia 14 de Agosto, logo pela manhã, o exército de D. João I ocupa uma posição fortíssima no terreno, escolhido na véspera por Nuno Álvares Pereira. No final da manhã chegam os castelhanos, que circulam pela estrada romana.
Evitam o choque com os portugueses, uma vez que isso implicaria a subida de um terreno em condições extremamente desfavoráveis. Preferem tornear a forte posição portuguesa pelo lado do mar, até estacionarem na ampla esplanada de Chão da Feira. O exército português constituído por aproximadamente 7.000 homens de armas, move-se então uns dois quilómetros para Sul e inverte a sua posição de batalha para ficar de frente para o inimigo.
Passava das 18 horas quando se deu o assalto castelhano à posição portuguesa. Uma vez iniciada a batalha, é então possível referir os cinco principais momentos do combate:
1º- a impetuosa vanguarda do rei de Castela (na sua maior parte constituída por tropas auxiliares francesas, como claramente assegura Froissart) inicia o ataque provavelmente a cavalo, sendo rechaçada nas obras de fortificação antecipadamente preparadas pela hoste de D. João I, obras essas que constituíram uma surpresa absoluta para os seus arrogantes adversários. Para prosseguir o combate, os franceses são obrigados a desmontar (aqueles que o conseguem fazer) na frente do inimigo e, por isso, em posição absolutamente crítica.
2º- ao saber do desbarato da sua linha da frente, D. Juan I decide mandar avançar o resto do exército então presente no Chão da Feira, maioritariamente também a cavalo. Ao aproximarem-se da posição portuguesa, apercebem-se de que - contrariamente ao que supunham - o combate está a ser travado a pé (ou tem de ser travado a pé, dadas as características do sistema de entrincheiramento defensivo gizado pela hoste portuguesa). Por isso, os cavaleiros castelhanos desmontam cedo e percorrem a pé o que lhes falta (escassas centenas de metros) até alcançarem os adversários. Ao mesmo tempo, cortam as suas compridas lanças, para melhor se movimentarem no corpo-a-corpo que se avizinha;
3º- entretanto, os homens de armas de D. Juan I vão sendo crivados de flechas e de virotões lançados respectivamente pelos arqueiros ingleses e pela “ala dos namorados” portuguesa, o que, juntamente com o progressivo estreitamento da frente de batalha (devido aos abatises, às covas de lobo e aos fossos) os entorpece, embaraça e torna "ficadiços" (de acordo com Fernão Lopes) e os aglutina de maneira informe na parte central do planalto; tais foram, porventura, os minutos mais decisivos da jornada;
4º - quanto às alas castelhanas, essas permanecem montadas, destinadas que estavam - como era tradicional na época - a ensaiar um envolvimento montado da posição portuguesa, coisa que, devido à estreiteza do planalto, apenas a ala direita (chefiada pelo Mestre de Alcántara ) terá conseguido, e mesmo assim numa fase já tardia da refrega;
5º- o pânico apodera-se do exército castelhano, quando dentro do quadrado português, a bandeira do monarca castelhano é derrubada. Os castelhanos precipitam-se então numa fuga desorganizada. Segue-se uma curta, mas devastadora perseguição portuguesa, interrompida pelo cair da noite. D. Juan de Castela põe-se em fuga, em cima de um cavalo, juntamente com algumas centenas de cavaleiros castelhanos. Percorre nessa noite perto de meia centena de quilómetros, até alcançar Santarém, exausto e desesperado. Até à manhã do dia seguinte, milhares de castelhanos em fuga são chacinados por populares nas imediações do campo de batalha e nas aldeias vizinhas.
O restante das forças franco-castelhanas saem de Portugal, parte passando por Santarém e depois por Badajóz e a outra parte, através da Beira, por onde tinham entrado.
No campo de batalha, as baixas portuguesas foram cerca de 1.000 mortos, enquanto no exército castelhano se situaram em aproximadamente 4.000 mortos e 5.000 prisioneiros. Fora do campo da batalha, terão sido mortos nos dias seguintes pela população portuguesa, cerca de 5.000 homens de armas, em fuga, do exército castelhano. Devido ao significado político da Batalha e aos seus numerosos nobres e homens de armas que aí morreram, Castela permaneceu em luto por um período de dois anos.

Consequências da Batalha de Aljubarrota

Para a Europa, a Batalha de Aljubarrota constituiu uma das batalhas mais importantes ocorridas em toda a época medieval.
Para Portugal, esta batalha, ocorrida no planalto de S. Jorge no dia 14 de Agosto de 1385, constituiu um dos acontecimentos mais decisivos da sua História.
Sem ela, o pequeno reino português teria, muito provavelmente, sido absorvido para sempre pelo seu poderoso vizinho castelhano.
Sem o seu contributo, o orgulho que temos numa história largamente centenária, configurando o estado português como uma das mais vetustas e homogéneas criações políticas do espaço europeu, não seria hoje possível.
A vitória portuguesa em Aljubarrota permitiu também a preparação daquela que seria a época mais brilhante da história nacional - a época dos Descobrimentos - que, de outra forma, pura e simplesmente não teria ocorrido.
A Batalha de Aljubarrota proporcionou definitivamente a consolidação da identidade nacional, que até então se encontrava apenas em formação, e permitiu ás gerações futuras portuguesas a possibilidade de se afirmarem como nação livre e independente.

Fundação Batalha de Aljubarrota

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Lucy usava instrumentos há 3,4 milhões de anos

Hominídeos já utilizavam utensílios 800 mil anos antes do que se pensava.
Os antepassados do homem moderno já utilizavam instrumentos de pedra há 3,4 milhões de anos. Esta é uma novidade que altera radicalmente a visão da ciência sobre Lucy, a avó mais famosa da humanidade, que viveu nessa altura. A descoberta, que faz recuar em mais de 800 mil anos a utilização de instrumentos por parte dos antepassados do Homo sapiens, é publicada hoje da revista Nature.
O Homo habilis, que viveu há 2,5 milhões de anos, foi assim chamado porque usou instrumentos. Isso tornou-se evidente quando se descobriu essa espécie. Mas, mais recentemente, o achado de ossos de mamíferos com marcas de cortes encontrados junto a outros ossos de Australopithecus afarensis (a espécie de Lucy), em Gona, na Etiópia, pôs os antropólogos a pensar. A ligação directa entre ambos os achados acabou, no entanto, por não poder ser estabelecida, pois apareceram também nas mesmas escavações fósseis do género homo. Estes antepassados mais directos poderiam ter sido os utilizadores de instrumentos de pedra naquele contexto.
Agora é diferente. A equipa coordenada pelo paleoantropólogo Zeresenay Alemseged, da Academia das Ciências da Califórnia (EUA), fez um achado incrível na região de Afar, mais uma vez na Etiópia. Os investigadores encontraram ossos de um grande mamífero, datados de há 3,4 milhões de anos, com marcas inequívocas de terem sido percutidos por instrumentos de pedra. O objectivo teria sido retirar a carne do osso e também a medula óssea no interior para as consumirem, explicaram os investigadores.
Esta era a prova que faltava para ficar estabelecido que os Australopithecus afarensis eram afinal utilizadores de instrumentos de pedra.
"A partir de agora, quando imaginamos Lucy caminhando em busca de alimento no Leste africano, vemo-la pela primeira vez com um utensílio de pedra na mão, à procura de carne", afirma Shannon McPherron, do Instituto Max Planck (Alemanha) e co-autor do estudo.
Para o líder da equipa, Zeresenay Alemseged, "esta descoberta faz recuar muito o momento a partir do qual os nossos antepassados mudaram as regras do jogo". E isso, diz Alemseged, permitiu- -lhes explorar "novos tipos de alimentação e novos territórios".

in... Diário de Noticias ( Filomena Naves)

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Momentos Espaciais

Imagem capturada pela tripulação da Apollo 17 na sua viagem à lua em 1972. Foi a primeira vez que a trajectória da nave permitiu fotografar o hemisfério sul e a calote polar. O resultado foi uma das mais belas imagens do planeta Terra jamais feitas...
Esta fotografia tirada pela Apollo 8 em 8 de Dezembro de 1968 mudou a nossa noção de Universo e romantismo. Acostumados a ver a bela e luminosa lua do nosso planeta, esta visão árida e fria versus um planeta vibrante, azul e cheio de vida veio tornar o nosso planeta muito mais acolhedor. Por vezes, precisamos de nos afastar para reconhecer a beleza daquilo que nos rodeia tão de perto.

...in "Obvious"

As 7 Maravilhas do Mundo Antigo








domingo, 8 de agosto de 2010

Valência de Alcântara - Espanha

Valencia de Alcántara partilha com Marvão e Castelo de Vide uma história de tolerância religiosa, tendo chegado a acolher, pelo menos até ao decreto de expulsão dos judeus, em 1492, comunidades de muçulmanos, cristãos e judeus. Por ironia do destino e, apesar da crueldade da História, o legado deste povo pode ainda hoje ser apreciado no Bairro Gótico, constituindo uma das principais atracções turísticas da região. Consiste num conjunto de duas dezenas de ruas sinuosas, com mais de 200 habitações bem preservadas e uma antiga Sinagoga provavelmente sefardita.
O Castelo encravado quase no centro da cidade, restaurado nos anos 90 e transformado em Biblioteca, Arquivo Municipal e Centro de Novas Tecnologias, assim como a Igreja de Nossa Senhora de Rocamador devem ser visitados. Esta última constitui um belo exemplar do Gótico e Neoclássico, escolhido, em 1497, para cenário do casamento de D. Manuel de Portugal com D. Isabel, filha dos Reis Católicos.

in...Rotas & Destinos

sábado, 7 de agosto de 2010

Soneto de amor - José Régio

Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma...Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.

Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.

E em duas bocas uma língua..., - unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.

Depois... - abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Papa vai cobrar bilhetes em missas

Nos três actos que vai celebrar no Reino Unido

A crise chega a todos os sectores da sociedade e nem a Igreja escapa. Os peregrinos que pretendam assistir às missas que o Papa Bento XVI vai celebrar em Setembro, durante a visita ao Reino Unido, têm que pagar bilhete, cujo preço oscilará entre os seis e os 30 euros.
 A entrada para a missa a celebrar em Hyde Park, Londres, vai custar a cada fiel seis euros, em Glasgow o preço sobe para 24 euros e em Birmingham, cada peregrino vai pagar 30 euros.
O Vaticano explica que a iniciativa de cobrar entradas deve ser entendida como uma “contribuição” a que se deve chamar “passaporte do peregrino”. Esclarece ainda que estão isentos os fiéis que não tiverem capacidade financeira para dispensar tanto dinheiro. Além de assistir à missa, os peregrinos têm ainda direito a transporte até ao local das celebrações.
Como se trata de uma visita de Estado, o Reino Unido vai assumir a maioria dos custos. Os contribuintes britânicos devem pagar 14,5 milhões de euros para receber Bento XVI, sem contar ainda com os gastos em segurança.
Recorde-se que Bento XVI esteve em Maio deste ano em Portugal, onde celebrou missas em Lisboa, Fátima e Porto. Nenhum dos fiéis teve que pagar qualquer custo para assistir às celebrações presididas pelo Sumo Pontifíce.

in... Correio da Manhã

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Gustave Courbet

Estávamos em 1866 e Courbet era já um pintor conhecido em França pela sua destreza técnica mas sobretudo pela sua atitude crítica e corrosiva em relação à sociedade e moral burguesas, que não perdia ocasião de afrontar. Courbet era um socialista convicto, arrogante e autoconfiante, é preciso dizer. No entanto talvez isso não baste para justificar a obra que realizou nesse ano e que havia de o celebrizar mais do que todas as outras. Ao representar frontalmente as coxas e o sexo de uma mulher, A Origem do Mundo abalou profundamente o meio artístico da época. E não só!
A tela tem um percurso atribulado. Reza a História que um diplomata turco, de nome Khalil-Bey, de passagem por Paris encomendou a Courbet para a sua colecção um quadro, que viria a ser este. Khalil-Bey era um coleccionador de arte erótica e tinha já adquirido ao artista uma pintura denominada O Sono ou Adormecidas, representando duas mulheres nuas deitadas sobre a cama em poses sensuais. Possuía também o famoso O Banho Turco, de Ingres, entre outras obras.
Pouco tempo depois Khalil-Bey viu-se obrigado a vender diversas peças da sua colecção para pagar dívidas de jogo. Escondida debaixo de uma outra tela de aspecto mais pacífico, A Origem do Mundo foi então comprada por um antiquário, passando de mão em mão até ao seu último dono, o célebre psicanalista francês Jacques Lacan. Após a sua morte, a família doou-o ao Museu d'Orsay, onde se encontra presentemente.
O quadro é profundamente perturbador ou mesmo chocante. O incómodo sentido pelo observador ao olhar de modo tão directo para o sexo que ali se exibe ostensivamente é enorme. Há uma espécie de pudor, de vergonha quase instintiva que se revela em nós ao observá-lo. Mais do que violentar a intimidade do objecto retratado, o artista violenta o público. De resto, Courbet adorava fazê-lo embora nunca tivesse ousado ir tão longe. Porque se atreveu desta vez?
À época, na Academia, os estudantes exercitavam-se desenhando as estátuas clássicas de corpo idealizado. Essas estátuas, Apolos e Afrodites, não eram de modo algum assexuadas mas a representação do sexo era estereotipada, camuflada ou deturpada. Os homens frequentemente tinham uma parra a tapar os órgãos genitais enquanto que nas mulheres nada se via para além da continuidade da pele lisa da barriga. Courbet detestava os académicos e as suas fórmulas - ele que dizia que só podia pintar aquilo que via.
Esta tela surge assim como um manifesto contra o academismo mas também contra a falsidade vigente na Arte e na Sociedade oitocentista. Representa a libertação definitiva do artista de todos os estereótipos! Significativo é o facto da polémica se ficar a dever ao tema e à forma como foi abordado e não às qualidades pictóricas do quadro - se estava bem pintado ou não. A Origem do Mundo foi uma obra inspirada, visionária talvez, um acto estético da maior importância e uma obra de arte de primeira grandeza. A Pintura Moderna talvez tenha começado aqui, com origem no sexo de uma mulher.

in... "Artes e Letras"

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Que graaaaaaande mulherão!

Por: Ana Areal
Não é fácil viver com 2,06m de altura, sobretudo quando se gosta de usar saltos altos. Que o diga Caroline Welz, com 24 anos de idade. A mulher mais alta da Alemanha tem de enfrentar o quotidiano com diversos obstáculos que a impedem de ter uma vida semelhante à dos outros.
Além de nunca passar despercebida nas ruas, tem de gastar mais dinheiro do que muitos de nós para poder ter a mesma qualidade de vida.
Acha que não? Então conheça alguns dos inconvenientes por se ser demasiado alta:
Calçar o 48, como Caroline calça, com ou sem saltos, obriga a mandar fazer os sapatos de encomenda;
Por ter pernas de 1,30m, as suas calças também têm de ser feitas de encomenda;
Não há porta por onde queira passar que não obrigue Caroline a baixar-se
O carro que conduz não pode ser qualquer um. Caroline tem de se ficar por modelos específicos, com espaço suficiente para as pernas;
Também algumas mobílias da sua casa tiveram de ser feitas à medida;
A juntar a estas facturas demasiado penosas, acresce ainda a dificuldade que tem em arranjar namorado ou até em flirtar ocasionalmente. Ela já nem se importa com a possibilidade de ter um namorado mais baixo, a única exigência que faz é que o rapaz tenha no mínimo 1,90m.
Homens intimidados por mulher gigante (vídeo)
O vídeo que se segue (que desde já peço desculpa por ser em alemão) mostra bem como alguns homens fogem a sete pés de uma mulher assim tão alta.
Neste vídeo, a produção de um programa televisivo alemão pediu a Caroline que abordasse homens na rua, perguntado-lhes as horas e depois convidando-os para um café.
A reacção imediata da maioria deles foi afastarem-se, com ar assustado, dizendo que não podiam, simplesmente porque estavam perante uma mulher gigante.
Apesar de tudo, Caroline é uma mulher sempre bem disposta e, segundo diz no vídeo, feliz.

domingo, 1 de agosto de 2010

Papagaio adestrado faz 20 truques em 2 minutos


Você tem um bicho de estimação? Se sim, sabe o quanto é difícil ensinar coisas a ele, seja um cachorro, um gato ou um papagaio. Peraí, um papagaio? Sim! Esse rapaz adestrou o papagaio de forma excepcional e conseguiu alcançar um recorde mundial com o bichinho: o papagaio realizou 20 truques diferentes em apenas 2 minutos! É incrível a habilidade do papagaio. Se você tem um e quer adestrá-lo também, entre no site Trained Parrot.

Era grande cavalgadura

A poesia satirica enquanto expressão mordaz, não siginifica que estejamos a "ferrar" alguém directamente, sendo apenas fruto da imaginação do autor. Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência... 

Era grande cavalgadura,
Era uma besta quadrada
E dizia ser formada,
Em artes de arquitectura
Era triste a sua figura
Era grande a frustração
Pois ninguém lhe dava mão
A esta pobre quarentona
Que continua solteirona,
Sem encontrar solução.

Sofre de megalomania
Vive num mundo irreal
Passa os dias muito mal
Destilando muita azia
Talvez seja esquizofrenia
O motivo da demência
Tal é a sua incoerência
Da realidade desfasada
Ai que tristeza a coitada
Tão rasca de inteligência.
José C. Ramalho - Direitos Reservados de Autor / SPA