terça-feira, 28 de julho de 2009

O que restou desse amor?

Foi num mês de Maio
Aguns anos já passaram
Que em sublimes versos
Meus poemas te cantaram
Poemas de amor ardente
Nesse Maio te dediquei
Alguns anos já passaram
Mas p’ra sempre te recordarei
Momentos inolvidáveis
Que eu jamais quero esquecer
Eu e tu, uma grande amor
P’ra recordar até morrer
Seguimos rumos diferentes
Cada qual a sua vida
O que restou desse amor?
Uma esperança perdida
Mas nesta manhã de Primavera
Entro no café despreocupado
Olho alguém lá ao fundo
Meu coração fica parado
E ao contemplar-te podes crer
Sinto o coração palpitar
A respiração fica suspensa
Fica preso o nosso olhar
Avançáste cuidadosamente
Olá, o que tens feito?
Ter-te ali na minha frente
Fico loucamente satisfeito
Falámos do tempo que passou
Das aulas de Filosofia
Onde em tempos atrás
O nosso amor então nascia
Da nossa vida presente
Pouco ou nada falámos
Teus olhos fixados nos meus
Um grande amor recordámos
É apenas uma recordação
Esse tempo já passado
Mas que em meu e teu coração
Ficará p’ra sempre marcado
Chegou a hora da despedida
Tchau, até mais ver...
Senti o meu corpo vibrar
Uma tristeza de enlouquecer
Fui à porta do café
Ver-te caminhar pela rua
E pensava para comigo:
Ela agora já não é tua
E recordo aquela frase
Que fala sobre o passado
Que um dia li num livro
Que me deixou maravilhado
“Está condenado a revivê-lo”
Dizia esse livro encantado
Aqueles que pretendem esquecer
Aquilo a que chamamos passado.
*****
Direitos de Autor Reservados / SPA
in "Metamorfoses da Minha Vida"
José C. Ramalho

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